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Gautam Adani responde às alegações de suborno dos EUA: ‘A negatividade se espalha mais rápido que os fatos’

Gautam Adani, Adani group

O fundador do Adani Group, Gautam Adani, quebrou o silêncio no sábado sobre as alegações das autoridades dos EUA ligando ele e seu conglomerado a um esquema de suborno de US$ 265 milhões.

Abordando as reivindicações pela primeira vez durante um discurso transmitido ao vivo em uma cerimônia de premiação em Jaipur, Adani enfatizou o comprometimento de seu grupo com a conformidade regulatória de classe mundial e a resiliência diante da adversidade.

“Há menos de duas semanas, enfrentamos uma série de alegações dos EUA sobre práticas de conformidade na Adani Green Energy. Esta não é a primeira vez que enfrentamos tais desafios”, disse Adani.

Ele afirmou que “cada ataque nos torna mais fortes, e cada obstáculo se torna um trampolim para um Grupo Adani mais resiliente”.

A acusação dos EUA, apresentada em novembro de 2024, acusa Gautam Adani, seu sobrinho Sagar R. Adani e outros de pagar US$ 250 milhões em subornos a funcionários do governo indiano para garantir contratos de energia solar no valor de mais de US$ 2 bilhões.

As acusações também alegam que Adani e seus associados ocultaram essas atividades ao levantar fundos de investidores americanos.

As alegações causaram turbulência significativa nos mercados, com as ações da Adani Enterprises caindo 23%, marcando seu ponto mais baixo em um ano, e as ações da Adani Green Energy despencando mais de 19%.

O Adani Group negou firmemente as acusações, chamando-as de “infundadas” e prometendo buscar todos os recursos legais disponíveis.

Em seu discurso, Gautam Adani reafirmou o compromisso do grupo com a conformidade e a transparência, afirmando: “A negatividade se espalha mais rápido que os fatos e, à medida que trabalhamos no processo legal, quero reafirmar nosso compromisso absoluto com a conformidade regulatória de classe mundial”.

Laços políticos sob escrutínio

A acusação reacendeu o escrutínio sobre os laços estreitos de Gautam Adani com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi. Ambos são de Gujarat e ganharam destaque em paralelo, com o império empresarial de Adani se beneficiando significativamente das políticas governamentais que priorizam o desenvolvimento de infraestrutura e energia renovável.

Críticos, incluindo o líder da oposição Rahul Gandhi, há muito acusam Modi de favorecer o Grupo Adani na concessão de contratos nacionais e internacionais.

Essas alegações aumentaram as preocupações sobre a influência das conexões políticas no sucesso corporativo na Índia, levantando questões sobre transparência e justiça na concessão de contratos governamentais de grande escala.

Consequências financeiras e reputacionais

As consequências da acusação foram um duro golpe para o império corporativo da Adani. As ações de várias empresas do Adani Group caíram, refletindo as preocupações dos investidores sobre as implicações de longo prazo das alegações.

A Adani Enterprises e a Adani Green Energy, duas das principais empresas do grupo, foram particularmente afetadas, com analistas observando uma potencial erosão da confiança dos investidores.

Apesar desses desafios, o Adani Group continua focado em enfrentar a tempestade.

O diretor financeiro do grupo rejeitou recentemente as alegações, e o governo indiano declarou que não recebeu nenhuma solicitação formal das autoridades americanas sobre o caso.

À medida que o processo legal se desenrola, o caso marca um momento crítico para o Adani Group, com sua reputação, estabilidade de mercado e crescimento futuro em jogo.


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